sábado, 14 de maio de 2011

Fragmento de uma decepção.

  
Acabou a esperança, esfriou o desejo e despertou a razão..tudo tá feio, sem rosto e sem gosto.
O sofrimento vai perdendo a intensidade e já não sabemos diferenciar se é por amar demais ou por  ter de deixar de amar aos poucos.
Não é saudável exteriorizar nossos sentimentos no avesso para nos proteger dos que amamos, só por não pressentirem o que queremos ou o que não queremos.
Não é atrativo nos declararmos. Difícil falar da intensidade do que sentimos sem a aparência de fraqueza e de ilusão e essa sensação é corrosiva.
Refugiar- se  na nostalgia é uma cilada milenar que nos leva a querer reviver o que não existe mais. Enquanto sonhamos com o passado o outro sonha com o futuro  construindo outras realidades.Isso sim, deve ser a tal da desilusão que só se percebe quando já é mágoa. 
Realmente é muito difícil a arte de amar, com ou sem ilusão.
                                                                                                17 de maio de 2010

2 comentários:

  1. Estamos sempre tentando racionalizar os sentimentos... enfim, tarefa impossível. Não se pensa o sentimento, se sente.
    Parabéns pelo blog!
    http://critico-estado.blogspot.com

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  2. Não concordo Nic. Sentimento de pensa,se sente,se questiona e se vive.
    "O sofrimento vai perdendo a intensidade e já não sabemos diferenciar se é por amar demais ou por ter de deixar de amar aos poucos" disse tudo!
    Ãngela Cruz -Lindóia-MA

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