terça-feira, 3 de maio de 2011

Do lado de dentro.

Quando sou querer; meu olhos confirmam, minha boca finaliza com sim.
Quando sou negação; braços cruzados , tempo fechado  e tudo é não.
Quando sou ciúmes; eu mordo, aponto a dor, ironizo ou  ignoro.
Quando faz bem; eu fico, eu entro, eu me acomodo.
Quando sou saudade; lembro, suspiro e relembro e as vezes escrevo.
Quando sou traída; eu rezo, peço perdão e força  para não me avessar.
Quando sou dúvida; indago e  experimento.
Quando sou  a que espera ; conto pacientemente o fim do meu tempo.
Quando amo; eu me mostro, eu cuido, eu proclamo e me lambuzo.
Quando sou decepcionada; eu balanço , tropeço, aprendo e avanço.
Quando sou decisão; eu meço, peso, concluo e me fecho.
Quando sou confiança; eu chego perto, eu acaricio, eu me enrosco.
Quando sou o erro; sou palmatória, sou auto flagelo, sou grito de perdão.
Quando sou criança; sou leveza, sou beleza e sou inocência.
Quando sou mãe; sou escudo, sou razão, sou emoção, sou coração.
Quando sou amante; sou noite, sou metade, sou desejo, sou paixão.
Quando sou sexo; sou criança, sou mãe, sou mulher, amante e  loba.
Quando sou amiga; sou cúmplice, sou riso, sou ombro, ouvido e mão.
Quando sou medo; sou desistência, sou máscara, sou solidão.
Quando sou orgulho; sou imposição, sou martelo, sou razão.
Quando sou egoísta; sou umbigo, sou corrente, sou mundo.
Quando sou paixão; sou febre, sou pele, sou explosão.
Quando sou loba; sou anônima, sou instinto, sou dúbia, sou lua.
Quando sou mulher; sou complexa, sou intensa, sou essência.

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